Bancários aceitam proposta, e greve termina
Atualizado às 23h03, do dia 26 de outubro de 2014
A greve dos bancários, que durou 21 dias, terminou em Piracicaba (SP). Em Assembleia Extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (26), na sede do SindBan (Sindicato dos Bancários) do município, os trabalhadores aceitaram a proposta de 10% no reajuste salarial feita pelo Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no último dia 23.
Com a decisão, as agências bancárias voltarão a funcionar normalmente a partir desta terça-feira (27). Segundo a categoria, 95% das agências estavam fechadas.
A Fenaban propôs também reajustes nos benefícios, como adicional para tempo de serviço; gratificação de caixa e de compensador; vale refeição; auxílios cesta alimentação, creche, filhos excepcionais, funeral; ajuda no deslocamento noturno, indenização por morte e requalificação profissional; além das participações nos lucros.
O presidente do Sindicato, José Antônio Paiva após a aprovação das propostas elencou os principais pontos da paralisação. “Ficamos trabalhando (durante a greve) o processo de reinvindicação, a necessidade de mobilização, e o que muito ajudou foi a propostas dos bancos”, afirmou Paiva.
Abonos aceitos
Os bancos, segundo a categoria, aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.
Maior greve da história
Em um ato realizado no dia 16 de outubro, que agradeceu a população pelo apoio da paralisação, Paiva afirmou que a greve deste ano “é uma das maiores da história”. ”Uma greve a altura da irresponsabilidade do sistema financeiro que teve a coragem de apresentar proposta de 5,5% diante dos lucros exorbitantes conquistados no primeiro semestre”, afirmou o presidente.
Na Assembleia desta terça ele afirmou: “A categoria se aborreceu muito com a proposta de 5,5%. É uma vitória contra o governo, contra os banqueiros”, afirmou.
Reportagem: Reinaldo Diniz/ME
Foto: Divulgação/SindBan