Rio das Artes permite conhecer novos trabalhos e técnicas artísticas

O evento foi realizado pela unidade do Sesc da cidade e Semac (Secretaria da Ação Cultural), com apoio da Setur (Secretaria Municipal de Turismo), e teve também como objetivo valorizar as artes visuais e plásticas piracicabana. Foram 33 artistas participantes em 20 espaços que pertenciam em uma área quadrilátera do rio Piracicaba.“É uma forma dos artistas se encontrarem e conhecerem seus trabalhos. Tem o incentivo também de acolher novos artistas, e dar oportunidades para outros, trazendo um intercâmbio de conhecimento”, ressaltou a artista plástica Dalva Saglietti, que participa do evento há dois anos, e abriu seu ateliê neste sábado, para receber exposições e oficinas de fotografias, confecção de mandalas e exposições de pinturas acadêmicas e contemporâneas. Outros artistas também participaram no ateliê expondo suas obras, como no caso de Luiza Libardi, que expôs cerca de 30 pinturas em aquarelas. Ela que é formada em engenharia civil, nunca se arrependeu de ter deixado a formação de lado, e continuar com as artes, que começou aos 15 anos de idade. “Gosto de pintar e ensinar o que sei”, afirmou.

Alguns metros a diante, estava outro espaço participante, o Espaço da Ema, do arte-educador pernambucano Tony Azevedo. Lá foi possível conferir a exposição de xilogravura, além de aprender a técnica numa oficina ministrada pelo próprio artista.

A xilogravura é a prática de desenhar em uma matriz de madeira, e com uma base de tinta, permite “carimbar” o papel. “É muito utilizado na literatura de cordel”, explicou Azevedo. “O processo de xilo é a valorização do desenho enquanto o processo de criação. Gosto muito de desenhar, valorizo isso”, completou o fundador do Bloco da Ema, tradicional bloco piracicabano que resgata elementos nordestinos, como música e dança.

Reportagem: Reinaldo Diniz/ME

Fotos: Reinaldo Diniz/ME